Resident Evil 3 é o mais novo remake da Capcom após o sucesso de Resident Evil 2. Após o sucesso do primeiro projeto, agora é a vez de controlar Jill Valentine novamente e enfrentar o terrível e marcante Nemesis. Entretanto o jogo chega mas não entrega o prometido.
O jogo em si consegue entregar uma boa jogabilidade, seguindo a mesma linha do remake anterior. Com isso a jogabilidade segue a mesma dinâmica, entretendo e trazendo o melhor da franquia atualizada. Como o jogo é mais voltado para a ação, ele traz novas mecânicas, como um botão de esquiva.
Os gráficos também estão ótimos, com a Capcom usando a mesma engine que seus outros jogos atuais como Devil May Cry 5, fica muito bonito em tela os personagens e ambientes. Vale ressaltar que a atualização no design dos personagens não afeta em nada eles em si, trazendo um novo e bom elemento.
Jill Valentine retorna com tudo, sendo uma protagonista forte e que traz os elementos antigos da franquia. Suas motivações são as mais trabalhadas no jogo, onde é possível se apegar a personagem.
Nemesis
Entretanto o erro do jogo acaba sendo em sua história, onde as alterações feitas que deveriam agregar, acabam atrapalhando um pouco o próprio progresso. O próprio Nemesis que é provavelmente o vilão mais marcante da franquia, acaba virando algo genérico no jogo. A proposta sempre foi algo mais voltado para a ação, mas aquele terror imposto nos ambientes e personagens se perde nesse remake.
O vilão acaba se tornando algo básico, tendo várias formas ao te perseguir durante o jogo. Seu design agrada os olhos e não afeta o original, entretanto a perca de oportunidade para inserir terror através dele é perdida.
Um Jogo Linear
O jogo também acaba sendo muito linear. Se em Resident Evil 2 você tinha bastantes possibilidades para explorar o ambiente, indo e voltando, no 3 você pula de cenário para cenário. E também se perde a questão de sobrevivência, onde no meio do jogo você já virou um brucutu de ação.
As partes de enigmas não são elaboradas, onde você as resolve sem pensar muito. A diversidade de ambientes não existe, tendo cada um seu propósito para a história. Contudo os inimigos conseguem diversificar e trazer uma tensão maior para o jogador.
Carlos e seus momentos
Carlos ganha mais destaque recebendo seus momentos na história, e sendo interessante, tendo uma jogabilidade que remete a Resident Evil 5. Por mais que o personagem seja bem básico, seu enredo consegue complementar bem o jogo, tendo mais destaque na ação e em momentos onde o dedo preso no gatilho é o que vale.
Entretanto isso acaba sendo somente mais um extra, não tendo muitas recompensas para o personagem nos seus momentos principais.
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Os extras do jogo conseguem atrair o jogador para tentar novamente com novas armas e novos visuais. Entretanto isso acaba não sendo o suficiente para resgatar o melhor da franquia com novos olhares. Resident Evil 3 se perde, e acaba se tornando somente uma breve e esquecível aventura em Raccon City.