O ano de 2020 está chegando ao final.
Podemos considerar que esse foi o período de trezentos e sessenta e cinco dias mais triste do último século, afinal, estamos vivenciando uma tragédia por dia há meses.
Quantas salas de cinema lotadas foram dizimadas ao redor do mundo no dia de hoje? Quantas cenas foram apagadas de maneira permanente na memória dos que se foram?
O desanimo persiste, é constante e nem mesmo o roteirista mais pessimista teria sido capaz de imaginar tal cenário em Dezembro de 2019. Dentro desse panorama, o entretenimento ocupa papel fundamental para a redescoberta de uma sociedade tão fragilizada pelo luto, trazendo um fio luminoso de otimismo ao revelar de maneira escapista outras perspectivas existenciais para o futuro que nos aguarda.
Talvez consumir filmes, séries e músicas consiga fazer com que o tapume da dor se torne um pouco mais frouxo sob nossos olhos, carregando certa positividade em meio ao caos existente no lado de fora de sua TV.
Aliás, depois de tantos números, projeções, indicadores e métricas de vidas que deixaram esse plano, não fazia sentido montar mais lista alguma. Nem mesmo tentar contabilizar produções lançadas de maneira reativa em meio ao distanciamento entre poltronas ou carros estacionados em frente a uma tela.
Os melhores e os piores? Deixaremos para 2021.
A arte cura.
Através dela, continuaremos vivos.