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Crítica: Anônimo | Uma simples história com a graciosidade de tiros, socos e explosões

Anônimo foi um filme que de certa maneira pode ter passado despercebido pelos olhos do público, contudo não foi um desperdício de investimento em vão feito nesse filme. Com diversos filmes de ação entre nós, cada vez mais utilizando dos benefícios da tecnologia, em Anônimo vemos talvez com os olhos do passado a visão do que realmente é um filme de pura ação.

O filme acompanha a história do personagem Hutch Mansell (Bob Odenkirk) que se encontra em uma vida simples com sua família sem grandes momentos ou entusiasmo. Durante um assalto em sua casa Mansell opta por não se defender e deixar os bandidos irem embora, e a partir disso temos o desenrolar da história.

O que deve ser dito sobre esse filme é que em sua síntese ele é honesto, pois esse é um filme clichê com um enredo sem propósito ou coerência. Contudo tal qual o cachorro de John Wick, isso não importa. Temos um filme com uma excelente direção, uma montagem de cenas de ação superior a muitos filmes atuais e um protagonista carismático.

Os personagens secundários e até mesmo o vilão da história são caricatos, contudo a visão caricata do filme sobre a ação em si torna isso natural. Temos uma trilha sonora muito bem colocada, e aqui fica os meus agradecimentos pela equipe de sonoplastia desse filme.

Agora olhando mais de perto, vemos um personagem que carrega o fardo de não ser ele mesmo e se reencontrar no seu propósito natural. E então vemos a partir desse ponto um filme que utiliza de sua narrativa clichê para mostrar cenas de ação criativas e de algum modo edificante.

Aqui temos um filme que não tenta ir para o espaço ou colocar um raio azul no céu, temos simplesmente um dono de casa com raiva atirando em pessoas. E agora talvez, assim como os filmes de terror trash que encontraram seu nicho, vejamos os filmes de ação que se remetem aos brucutus dos anos 90 encontrando o seu.