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Crítica: Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore | Filme entrega uma aventura fluída e dinâmica mesmo com restrições

Animais Fantásticos é a franquia que possui um cargo de manter o universo de Harry Potter vivo nos cinemas, entretanto sua jornada vem sendo bem conturbada. O primeiro filme não foi um sucesso arrebatador, e o segundo seguiu a mesma linha diminuindo mais ainda as expectativas e trazendo consigo as polêmicas de atores e criadores da franquia.

Chegando agora em Os Segredos de Dumbledore, vemos que um novo rumo está sendo tomado. A história acompanha Dumbledore reunindo um grupo de bruxos para buscar impedir que Grindelwald consiga escapar das suas acusações contra os trouxas, pensando nisso cada um terá uma missão que será importante para impedir os planos malignos do personagem.

A narrativa de Animais Fantásticos agora se encontra mais dinâmica. O que no filme anterior era caso de sono, agora parece ter encontrado uma direção melhor onde temos uma aventura mais fluída. O desenvolvimento que é dado aos personagens entretanto, não traz uma mudança positiva para o filme.

Os novos personagens colocados na trama, possuem carisma mas acabam ficando somente no plano de fundo de todo o plano feito pelos dois personagens centrais. Newt aqui se encontra com novos dilemas, assim como Jacob e os demais, mas tal narrativa passa até mesmo despercebida por poucos momentos de fôlego onde poderíamos conhecer mais cada um deles de forma mais aprofundada. E até mesmo outros personagens como Aurélio e Aberforth se encontram perdidos na narrativa, onde conhecemos cada um deles, seus propósitos mas com uma resolução que não possui um peso emocional suficiente para se conectar com eles.

A fotografia de George Richmond e direção de David Yates no filme buscam nos conduzir ao mundo bruxo de forma mais similar a franquia original, tentando emular e acertando na maioria dos casos. Os efeitos especiais e todo o desempenho colocado nas criaturas mágicas e lutas mostram resultado, por mais que o combate seja uma repetição de outros momentos já realizados.

Jude Law como Dumbledore e Eddie Redmayne como Newt Scamander em Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore

O real destaque no quesito atuação deve ser dado a Mads Mikkelsen que traz um Grindelwald mais contido, agindo de forma até mesmo passiva em determinados momentos onde ele traz muitos aspectos de outro vilão, o temido Hannibal. E do outro lado temos Jude Law, que foi uma das decisões mais acertadas desse universo, onde o personagem traz toda a ambiguidade e também dotes que Dumbledore possui.

Com uma nova direção sendo tomada em Animais Fantásticos, aqui temos críticas mais nítidas aos tempos atuais, utilizando do Grindelwald para mostrar como a intolerância pode ser uma ameaça central as pessoas quando não existe uma luta para impedi-la. Conhecemos bruxos de outras regiões, tal qual a Vicencia Santos interpretada pela Maria Fernanda Candido que por mais que tenha pouco tempo de tela, já nos curvamos perante a personagem.

Sendo o terceiro filme da franquia, Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald parece o fechamento de uma história, onde agora iremos acompanhar Dumbledore diretamente nas próximas histórias, e de forma mais dinâmica, o filme consegue entregar uma divertida e emocional aventura no mundo bruxo, por mais que ainda existam restrições que o próprio roteiro constrói para si mesmo.