Ah, então o ano está chegando ao fim. Depois de muitas HQs lidas, textos escritos e publicados, 2018 está a apenas 4 dias de seu fim. E sim, foi um ano feliz.
Não poderia me despedir de 2018 sem escrever sobre o que foi provavelmente o ponto alto do ano: a CCXP. Fenomenal, estupenda, épica. A minha primeira, totalmente calouro, que mesmo andando só um dia e meio lá, já estava exausto. Mas cada momento foi inesquecível.
Para começar, de última hora, eu fui convidado para a Spoiler Night por uma amiga (é uma longa história, vão por mim), a qual sou eternamente grato pela oportunidade. Aproveitei o convite para comprar tudo que tinha que comprar, já que no dia seguinte eu levaria umas duas toneladas de gibis para serem autografados, e dar uma passadinha no maravilhoso Artist Alley e conseguir autógrafos de artistas que já estavam por lá. Bom, no final eu só conheci o Lee Weeks, muito simpático, e peguei só um quadrinho nacional. Mas tudo bem. Aproveitei a escassez de artistas para conhecer de verdade o evento. indo nos estandes mesmo. Como “aquecimento”, foi ótimo. Até que chegou O dia: quinta-feira.
Eu cheguei relativamente atrasado no evento. E pra piorar, eu só ia na quinta-feira, já que era novato de CCXP e queria conhecer o evento aos poucos. Era por volta de onze e meia e já tinha uma fila inimaginável pra entrar. Resultado: fui entrar só lá por uma e vinte. Triste, mas não trágico, já que no final tudo foi recompensado. Obviamente, por já conhecer os estandes e as lojas, corri para o Artist Alley, que ocupou 90% do meu tempo. O primeiro artista do qual peguei autógrafo foi o grandioso Ivan Reis, que tenho muito carinho por tudo que fez no Lanterna. Peguei autógrafo no Noite mais Densa e no Multiverso (que correspondiam a uma tonelada e meia das duas da mochila). O próximo foi o agradabilíssimo David Michelinie, escritor lendário da Marvel. E foi na fila do senhor Michelinie que os “causos” da CCXP já começaram.
O principal artista que eu queria conversar e pegar um autógrafo era Peter Milligan, um dos escritores que proporcionaram a gênese da Vertigo, e muito além disso, um dos mais prolíficos da Invasão Britânica nos quadrinhos. Levei com muito carinho o meu Skreemer para ser autografado. Só que por ter chegado atrasado e o escambau, eu não peguei as senhas que estavam sendo distribuídas para o autógrafo do Milligan, ou seja, tchau tchau para qualquer chance de encontrá-lo. Só que com uma sorte que até agora não acredito, quando eu estava na fila do Michelinie batendo um papo com um colecionador que estava do meu lado, contando sobre a minha tristeza em não conseguir a senha, as duas pessoas que estavam na minha frente escutaram a conversa, e me falaram que coincidentemente tinha uma senha sobrando. E me deram. Sim, me deram uma senha.Pra conseguir um autógrafo só do Peter Milligan. Não, não é história de pescador. Abaixo postarei fotos dos autógrafos26 que consegui. Acreditem se quiser. Ainda fico meio surpreso com a minha sorte. Essa história com certeza vou contar pros meus netos.
Depois do autógrafo do Michelinie eu consegui dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, ambos gente fina, no meu Daytripper, do simpaticíssimo Tom Grummet, no primeiro volume de Homem-Animal de Grant Morrison e no Morte do Superman, peguei a HQ Gatilho, que é de cair o queixo, do Carlos Estefan e do Pedro Mauro (dois monstros dos quadrinhos), e a HQ que provavelmente mais me surpreendeu esse ano: “Alan Moore – O Mago Supremo”, do Caio Oliveira, que eu já acompanhava o trabalho genial faz tempo e estava querendo finalmente comprar algum quadrinho. Sinceramente, entrou no meu top 10 de HQs do ano, sem nenhum exagero. Finalmente, fui no painel “A gênese dos mundo DC/Vertigo”, com a presença de ninguém mais ninguém menos que Peter Milligan e intermediado por Bruno Zago do Pipoca e Nanquim, o carismático editor que depois bati um papo, provavelmente uma das pessoas mais bem-humoradas e carismáticas que já conheci. No painel, eu fiz até uma pergunta, modéstia a parte, muito boa pro Milligan! Já no final do evento, quase morri do coração, quando, na fila do Milligan (de novo), que tinha horário agendado para os autógrafos, os organizadores falaram que ele não assinaria mais nenhum gibi. Por sorte, depois de uns minutos mudaram de ideia e deixaram só quem não iria nos outros dias (sim, eu entre esse grupo de indivíduos) pegar autógrafo. Salvo pelo gongo. Já nos 45 do segundo tempo, no fechar das cortinas, no apagar das luzes, consegui autógrafos do Mike Deodato, outro artista muito simpático, e David Lloyd, também um dos colossais que estavam no evento. Eram oito e cinquenta e poucos quando consegui que o Lloyd autografasse meu V de Vingança e o terceiro volume do Hellblazer do Garth Ennis. Sensacional. Pra fechar o evento com chave de ouro.
Na semana seguinte da CCXP eu já estava admirando meus “troféus” e morrendo de saudades. Nada mal para quem foi pela primeira ez, né? O ambiente, o pessoal com o qual conversei, estar no meio de uma multidão que gosta das mesmas coisas que você é simplesmente indescritível. Uma experiência única. Marcante, emocionante. E é ÓBVIO que ano que vem eu voltar, dois dias dessa vez. Foi o que estava faltando para fechar o ano com chave de ouro. Depois de uma CCXP tão especial, e um ano tão marcante. só tenho a agradecer.
E agradecer, claro, a você, meu caro leitor! Que aguenta pacientemente os meus hiatos de publicação… os meus textos demasiadamente longos… minhas resenhas, meus artigos, tudo. Foi o meu primeiro ano aqui no Nerd Zoom, com inúmeros textos que me orgulho. Já fui veementemente criticado, é verdade, mas toda crítica é válida para poder evoluir e melhorar cada vez mais os textos (espero que tenham melhorado!). Novas séries de artigos serão publicadas ano que vem, para não perder o fôlego, e claro, Personagens Esquecidos e Zooms no Desconhecido serão mantidos. O único que foi enterrado e não terá continuação é o Zoom Mensal, mesmo.
Já que o Bom Velhinho já passou, só posso desejar a você, caro leitor, um maravilhoso 2019, com muita paz, felicidade e nerdice. Não pense que eu vou sumir por semanas de novo, logo logo estamos de volta, agora com uma frequência saudável de textos. Quem sabe dois por semana? Fica aí a promessa pra 2019. Muito obrigado pela companhia, e um grande abraço!
PS: aqui estão as fotos do evento e das principais HQs autografadas. Que orgulho!
Autógrafo mais querido de todo o evento.
Esse dourado que o Tom Grummet assinou é simplesmente lindo.
O autógrafo do Lloyd é pra guardar com carinho pra vida toda.
Um dos painéis mais bacanas. Quem diria que eu até faria uma pergunta pro Milligan!
O coração do evento. Mesmo passando 90% do evento lá, não consegui ir em todas as mesas e ver tudo que tinha. É fabuloso.
Provavelmente o melhor estande do evento, da Iron Studios. Quadros originais do Alex Ross. Pena que é só pra ver mesmo… ah, se eu ganhar na mega da virada…