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Review: ORX | Uma curiosa mistura de gêneros

Muitas vezes quando pensamos em jogos RTS (Real Time Strategy – Estratégia em Tempo Real), olhamos para as suas similaridades. Os jogos que irão se passar em um período histórico, você irá comandar determinada região e através disso conquistar ou criar seu próprio jogo. Se tornou algo praticamente comum ver jogos assim, e comparar eles pelas suas grandes similaridades. Só que as vezes temos alguns que buscam arriscar no diferente, e ORX é um deles.

ORX é o novo jogo da Critical Reflex que está no seu Early Acess trazendo detalhes sobre o projeto. Nele você pode escolher atualmente entre os Rune Wardens que constroem castelos, e os Dune Reavers que vivem no deserto. Após sua escolha você adentra no jogo que onde basicamente você precisa defender o seu castelo. A diferença se encontra no fato de que as ferramentas que você tem à sua disposição são colocadas como um deck de cartas. Nela você terá os mais diferentes itens para usar, entretanto ainda terá a aleatoriedade de um deck.

Atualmente não temos todas as campanhas disponíveis, mas já possuímos o suficiente para sentir a proposta do jogo. E quando vemos essa mistura, de RTS, Card Game e até mesmo um pouco de Souls-Like, temos uma gratificante mistura. Ela funciona devido ao fato de trazer uma imprevisibilidade para o fator RTS. Agora dependemos das cartas que temos em nossa mão, e precisamos adaptar constantemente nossas estratégias. Cada carta tem um propósito singular, e seu modo de jogo vai definir sua vitória.

E a mecânica por trás das cartas se casa muito bem com toda a dinâmica do jogo. Caso construa uma milícia para se defender, as casas próximas podem contribuir para elas, assim como os efeitos colocados em cada uma. A construção de estradas, e até mesmo castelos podem contribuir para elaborar suas defesas. Em colaboração com isso nós também precisamos constantemente de dinheiro para continuar a evoluir o nosso reino e nossas defesas.

Quando o contador ao lado da tela finalizar, o ataque começa e então partimos para o combate. Vemos nossas defesas funcionando e também lidamos com a imprevisibilidade dos ataques. Após isso retornamos para o nosso tempo de elaborar novas estratégias e com isso moldar o nosso reino. Só com isso já deu para ver que esse é um daqueles jogos do qual você fica 30 minutos jogando, e quando olha já está a 3 horas ali.

A constante variedade de cartas, opções de combate e como enfrentar as diferentes hordas. Tudo isso entra em conjunto com uma arte estilizada que casa de forma excelente com a proposta do jogo. Muito me remeteu a Darkest Dungeon em sua arte, com algo de certa maneira “poluído” e que se remeta a esse medieval sombrio. Por hora ainda não temos tantas variações de facções ou até mesmo a campanha por completo, mas já conseguimos olhar para o potencial do jogo.

Talvez seja algo difícil para jogadores de primeira viagem entenderem as mecânicas que são apresentadas em formas de longos textos, mas conforme o jogo acontece, você consegue compreender ele. Nem sempre temos um jogo que arrisca em fugir do padrão e que consiga acertar, mas aqui vemos o potencial de um jogo viciante pela sua aleatoriedade e a disposição da grande variedade de estratégias que poderemos fazer em ORX.