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Crítica: Lightyear | O foguete que tentou chegar ao espaço mas perdeu força no meio do caminho

A Pixar é conhecida por ser o maior estúdio de animações de Hollywood, tendo alguns competidores como DreamWorks mas que mesmo o seu maior projeto, não é capaz de chegar aos números dos diversos filmes lançados anualmente pelo estúdio. Estando no guarda-chuva da toda poderosa Disney, eles também possuem grande liberdade e também orçamento para alçar voo para os mais diferentes lados, mas dessa vez houve uma falha no motor.

Em Lightyear acompanhamos a história do personagem Buzz, que precisa buscar alguma forma de tirar os seus amigos do planeta onde caíram, e ele contará com a ajuda de recrutas da patrulha estelar para ajudar a resolver isso. Ao mesmo tempo terá que enfrentar as terríveis forças do misterioso vilão Zorg.

Olhando para a sinopse do filme, podemos perceber que se trata de uma abordagem simples, e de fato é o que acontece. O enredo por mais que possua um peso emocional típico dos filmes da Pixar, ainda consegue ser um dos mais fracos feitos pelo estúdio.

Um dos principais dilemas que o filme aborda é em como aproveitamos a nossa vida, e como podemos no cegar por motivações egoístas. E até mesmo outros projetos do estúdio como Souls possuem saídas e desenvolvimentos melhores, onde o peso da narrativa realmente existe.

E se o próprio conceito do filme acaba sendo mediano, ele despenca ao chegar em um terceiro ato com coincidências que ultrapassam o óbvio. E por mais que sejam saídas que funcionem ao serem aplicadas à trama, são tão simples e mal desenvolvidas que são comparáveis a filmes de TV.

Os personagens em sua maioria possuem temas similares que se conectam ao protagonista Buzz que consegue carregar boa parte do filme. Entretanto os demais não se destacam ou nos fazem sentir um apego emocional por eles, sem contar um tom de humor desequilibrado durante todo o filme.

A fotografia, assim como a direção de Lightyear são umas das melhores da Pixar, entregando um universo Sci-Fi com vida e também cenários incríveis. Assim como a sua fotografia que sabe muito bem como utilizar a iluminação dos ambientes e também as infinitas possibilidades de uma animação.

A qualidade técnica da Pixar sempre será algo incrível, mas para criar um universo cativante assim como os seus personagens e enredo, precisa muito mais do que isso. Olhando mais devagar para o filme, vemos que ele se assemelha muito mais aos filmes da Disney, com personagens caricatos do que algo com a marca Pixar. E no fina Lightyear foi um foguete que tentou alcançar o espaço, mas por falha nos motores parou no meio do caminho.