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Crítica: Liga da Justiça | O Filme que a DC precisava

Começaremos nossa crítica com umas das frases marcantes de Batman v Superman, adaptada ao nosso contexto.
“Não é surpreendente que uma editora tão poderosa, seja algo tão controverso?”

E foi assim que o Universo Estendido DC começou, com um Homem de Aço não tão aceito, e um dos filmes mais controversos da história do cinema, Batman v Superman. Esquadrão Suicida foi um filme que parecia que iria derrubar o já controverso universo, no entanto, a Warner seguiu arriscando. Lançou Mulher Maravilha, que foi, quase que de forma unânime, muito bem aceito pelo público. Se tornando até o melhor filme de herói avaliado no Rotten Tomatoes, importante mídia estadunidense. Todavia, todos pareciam acreditar que foi um ponto fora da curva, que os filmes da DC dificilmente teriam salvação e o universo já havia estabelecido um tom que pouco faria sucesso.

Liga da Justiça foi lançado em novembro de 2017, cercado de rumores sobre o futuro dos heróis da Divina Concorrência. A bomba parecia estar prestes a explodir. Mas, felizmente, a bomba foi jogada para longe, e mesmo que não seja o melhor de super heróis já feito, é um grande espetáculo.

Por mais que todos estes rumores, como: a troca de diretor, as contestadas escalações de heróis, o tema sombrio do universo, e outros (sim, temos muitas críticas ao universo DC, mesmo que algumas sejam sem fundamento). Tivemos diversos motivos para duvidar deste blockbuster e, felizmente ele nos trouxe um pouco do que este universo pode nos trazer. Mesmo que tenha permanecido o tema mais realistas e um pouco sério, o filme possui bons momentos cômicos, sendo que, a maioria é protagonizado pelo Barry Allen. Os heróis criam uma dinâmica entre si de forma natural e construtiva, você consegue perceber cada um tendo o seu espaço para mostrar a sua função na equipe.
Durante o filme, podemos perceber o amadurecimento do universo. Mesmo que o filme de Mulher Maravilha tenha uma construção um pouco mais épica, Liga da Justiça está repleto de ação e uma história simples porém, não deixa de ser interessante. Sendo que umas destas cenas de ação acontece no passado e possui algumas participações surpresas.
Com um panteão de personagens extremamente poderosos, as cenas de ação são muito boas, mas não atingem todo o seu potencial. Mulher Maravilha rouba a cena mais uma vez. Batman consegue mostrar um pouco de utilidade na Liga, diferente da luta final do Apocalypse. Ciborgue tem seus momentos de brilho. Aquaman é um dos destaques positivos do filme. Flash é o alívio cômico e o protagonista de belas cenas. Steppenwolf não é um péssimo vilão, talvez até um dos melhores deste curto universo até então, mas deixa um gosto de quero mais. Superman… Bom, deixe as surpresas do azulão para o filme.
Em suma, o filme certamente irá agradar a maior parte do público. Mesmo não explorando todo o seu potencial, o filme traz uma aventura formidável e satisfatória, com grandes momentos. Parece que o universo encontrou o seu tom, e graças a este filme, tem várias direções para ir agora. O visual e a estética de Snyder ainda está lá, mas a leveza de Joss Whedon aparece em várias partes. O filme acontece de uma forma extremamente rápido, a ponto de você não saber que o filme já está no final ou se ainda haverá mais algum problema. Mesmo possuindo diversos Easter Eggs, os fans clamavam por alguns que acabaram não aparecendo. Além disso, é possível perceber que diversas cenas dos trailers foram cortadas, algumas realmente são difíceis de imaginar onde se encaixariam.
Sendo assim, Liga da Justiça talvez não seja o filme que a DC merece, mas é o filme que a DC precisava. Com o sucesso que o filme deve fazer graças a qualidade do mesmo e o forte marketing, a empresa solidifica cada vez mais o seu universo aprendendo com seus erros. E, assim, teremos um mais um grande universo consolidado que parece ter aprendidos com seus erros do passado, trazendo então, de agora em diante, o melhor que tem a oferecer.