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Warner Bros. Discovery pretende revisar produção de conteúdo da DC Entertainament

Os novos proprietários dos universos de Batman, Superman e Mulher Maravilha estão explorando uma revisão da DC Entertainment, disseram várias fontes próximas à situação à revista americana Variety.

Faz menos de uma semana que a Discovery fechou seu acordo de US$ 43 bilhões com a WarnerMedia, unindo um dos maiores produtores de reality shows a uma das marcas de entretenimento mais conhecidas sob o novo o nome de Warner Bros. Discovery. David Zaslav, o CEO das empresas combinadas, e os demais líderes estão cogitando a ideia de transformar a DC em sua própria produtora de conteúdo, disseram as fontes.

A mudança afetaria potencialmente o desenvolvimento de longas-metragens da DC na Warner Bros. Pictures Group, séries de streaming na Warner Bros. Television e o braço criativo da própria DC – tudo em um esforço para alinhar ao máximo os vários ramos diferentes da DC e assim maximizar o valor das marcas dos super-heróis – muitas vezes vista como potenciais rivais contra a Marvel.

Antes do fechamento da fusão, Zaslav examinou candidatos com experiência em criar e manter propriedades intelectuais de grande sucesso com o objetivo de encontrar alguém para servir como um czar criativo e estratégico semelhante ao que a Marvel tem em Kevin Feige. Um desses candidatos incluía Emma Watts, ex-executiva de cinema da 20th Century Studios e da Paramount, mas não parece que Watts aceitará o cargo. Uma fonte sugeriu que Zaslav estava menos interessado em encontrar um guru criativo e mais ansioso para contratar alguém que tivesse o tipo de experiência empresarial necessária para manter todas as diferentes facções da DC trabalhando de forma mais harmoniosa.

Fontes internas dizem que Zaslav acredita que o sucesso da fusão, que deixou a empresa altamente valorizada, dependerá em grande parte do desbloqueio de todo o potencial do universo de personagens da DC Comics. Fontes da Discovery acreditam que, embora a DC tenha alcançado sucesso cinematográfico com filmes recentes como “Aquaman” e “The Batman”, falta uma estratégia criativa e de marca coerente. A Discovery acredita que vários personagens de primeira linha, como o Superman, foram deixados de lado e precisam ser revitalizados. Eles também acreditam que projetos como o “Coringa” de Todd Phillips são um exemplo brilhante de como personagens de segunda categoria do acervo da DC podem e devem ser explorados (a Arlequina de Margot Robbie é outro exemplo).

Recentemente, a DC encontrou maneiras de suas obras cinematográficas inspirarem mais conteúdo para o streaming – exemplos recentes incluem o show da HBO Max “O Pacificador”, que foi um derivado de “O Esquadrão Suicida”, bem como uma série planejada para o Pinguim de Colin Farrell. Mas a empresa acredita que a DC deve fazer mais para aumentar sua abordagem aos quadrinhos, incluindo investir em jogos. Sob Walter Hamada, que assumiu a DC Films de Jon Berg e Geoff Johns em 2018, a unidade alcançou mais consistência em termos de recepção crítica e comercial aos filmes da empresa. Ele tem contrato até o final de 2023 e pode desempenhar um papel importante no que quer que Zaslav planeje.

Zaslav prometeu aumentar em US$ 3 bilhões o faturamento da empresa recém-fundida, um sinal de quão importante será o corte de custos para os novos proprietários da Warners. Investir no acervo de personagens da DC pode ajudar a controlar os gastos, já que a Warner Bros. Discovery também possui a propriedade intelectual subjacente da marca, dizem fontes.

Os próximos projetos da DC Films incluem uma sequência de “Shazam” de Zachary Levi, uma sequência de “Aquaman”, de Jason Momoa, o tão esperado “Adão Negro”, com Dwayne Johnson e uma terceira parte de “Mulher Maravilha”, de Gal Gadot.