Quase 10 anos se passaram desde o primeiro filme do universo Marvel. Em 2008, Homem de Ferro, estabeleceu uma franquia que se consolida ainda mais a cada filme que passa. Durante todos esses anos, não teve um filme sequer que foi tachado como ruim, todos caíram no gosto da maior parte do público. Guardiões da Galáxia, foi um filme que usufruiu da antiga fórmula da empresa, e acrescentou ainda mais tempero a mesma. Deixando assim, a antiga fórmula com um gosto de novo. E foi assim que a Marvel viu a oportunidade de utilizar Thor: Ragnarok para usufruir dessa formula. Visto que a trilogia do Vingador foi a mais instável da empresa até agora. Pois, a cada filme, o herói foi apresentado de uma forma. Por mais que já fosse de conhecimento do público que o herói não era o mesmo daquele imponente Deus dos quadrinhos, no novo filme o personagem fica ainda mais distante de suas obras originais.
Durante Guerra Civil, muitos sentiram a falta dos vingadores Thor e Hulk. Algo que só foi explicado no novo filme do Deus do Trovão. No filme, que além de contar com a presença do Golias Esmeralda, ainda tem curta participação de dois vingadores que estarão presentes em Guerra Infinita. Além disso, Hela é uma das poucas vilãs da Marvel que tem grandes momentos, é bem construída e será memorável. É daquelas que chega a deixar o telespectador preocupado pelo tamanho do poder que a personagem apresenta. Todavia, o filme do herói não tenta em momento algum se aproximar aos personagens dos quadrinhos. Thor e Hulk se tornam dois grandes bobões, com direito ao Hulk se assemelhar ao Drax de Guardiões da Galáxia, e falar como uma criança birrenta de 7 anos. No filme, o herói pode ser digno de empunhar o Mjölnir, mas os fans do herói certamente não consideram o filme digno de uma real adaptação dos quadrinhos da Marvel, visto o diferença de atitudes dos personagens. Além disso, Hela e o Lobo Fenrir tem relações familiares completamente diferente com o Loki, se for levar em consideração os quadrinhos.
Apesar das diferenças apresentadas, o filme do Thor estabelece o tom do novo longa, logo no início do filme. O filme segue esse tom forte e grotesco de comédia. Personagens como Thor, Hulk e Korg são personagens chaves da trama para a grande parte dos momentos de comédia – em um tom bem parecido com Guardiões de Galáxia. O último filme de uma trilogia que vinha sendo uma das mais sérias da Marvel, continua com muita ação mas agora com muito mais momentos cômicos. Além disso, as cenas de ação do filme são muito bem coreografadas e elaboradas, no entanto, em determinada cena que o protagonista se reúne com Odin, é perceptível o uso de tela verde ao fundo, quebrando um pouco a imersão do filme. Se consolidando como o melhor filme da trilogia do personagem, graças ao seu elenco de apoio e a sua vilã. Thor Ragnarok apresenta o fim de Asgard tão temido pelo herói. Apesar dos pequenos erros do filme e alguns momentos cômicos um pouco mais forçados, a construção do filme para o seu final é bem elaborada, estando assim, repleta de ação. Dessa forma, deixando uma ótima dinâmica ao filme. Tom Hiddleston é a estrela do filme novamente, Loki continua sendo um dos personagens mais carismáticos do Universo Marvel. Além dele, Chris Hemsworth parece se sentir a vontade no papel de um Thor mais cômico, e Cate Blanchett dá uma aula de atuação no papel de Hela. Sem citar outros co-protagonistas como Mark Rufallo(Hulk), Idris Elba(Heimdall) e Thessa Thompson (Valquíria) que também se destacam. O diretor Taika Waititi, mostra toda a sua habilidade em fazer filme cômicos e garantir ótimas atuações de seu elenco. Sem citar também um dos principais personagens do filme, a Trilha Sonora. Com músicas que dão ênfase as cenas de ação, o filme tem um ótimo acervo nesse sentido.
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