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Prejuízo atrás de prejuízo | Os maiores fracassos do cinema em 2019

O site Deadline divulgou pelo terceiro ano seguido a sua relação dos filmes que mais trouxeram prejuízos ao estúdio em 2019. Confira abaixo:

 

X-Men: Fênix Negra

X-MEN: DARK PHOENIX | Pipoca Moderna

Produtores: 20th Century Studios/Disney
Perda total: US$ 133M

Como roteirista, produtor e mente criativa dos filmes recentes dos X-Men, Simon Kinberg foi finalmente encarregado de dirigir o seu próprio filme depois de impedir outros, incluindo o Quarteto Fantástico de Josh Trank . A estrela dos X-Men, Jennifer Lawrence, até fez lobby para Kinberg assumir a direção. O que deu errado? Alguns acreditam que, após a compra da Fox pela Disney, o estúdio perdeu a confiança no diretor novato. Fênix Negra foi originalmente concebido como dois filmes, mas o estúdio teve dúvidas. Por fim, o público das exibições-teste não gostou dos finais onde Jean Gray (Sophie Turner) morria. Os espectadores também sentiram falta de um final climático maior, onde os heróis lutam (ao contrário do final intimista que foi lançado).

Fênix Negra nunca foi concebido para ser lançado no verão americano, mas sim como um lançamento fora de temporada, antes de Capitã Marvel se tornar a primeira super-heroína da Marvel em um filme solo. Houveram várias alterações na data de lançamento – de novembro de 2018, foi para 14 de fevereiro e, finalmente, 7 de junho. A mudança de data de lançamento de última hora ocorreu dois dias depois da Fox ter lançado o segundo trailer, que anunciava a data de lançamento de Fênix Negra como 14 de fevereiro, algo que não só confundiu os fãs, como também enviou uma mensagem de que o filme estava com problemas. O fato de que a equipe encarregada de promover o filme havia sido demitida também não ajudou.

Kinberg se sacrificou por um filme que obteve um CinemaScore de B-, mas uma terrível pontuação no Rotten Tomatoes de 23%; ambas foram as pontuações mais baixas de todos os tempos para a franquia. O futuro dos X-Men está agora nas mãos do chefe do MCU, Kevin Feige. O custo de produção depois das refilmagens subiu para US$ 200 milhões, por um filme que teve a menor bilheteria mundial já vista para um longa dos X-Men, com apenas US$ 252 mi. O resultado final é um prejuízo de US$ 133 milhões.

 

 

O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Crítica: Destino Sombrio dá novo fôlego a Exterminador do Futuro

Produtores: Paramount/Skydance/20th Century/Tencent
Perda total: US$122.6M

Quem é o culpado pelo declínio dos filmes do Exterminador do Futuro após o clássico segundo filme? Bem, foram Mario Kassar e Andy Vajna que surpreenderam James Cameron e compraram o seu bebê quando a Carolco Pictures (produtora dos dois primeiros filmes da franquia) foi à falência, pensando que o diretor os perdoaria e continuaria a saga de cyborgs e Skynet. Em vez disso, Cameron lavou as mãos após os filmes dirigidos por ele. Os que foram feitos sem o diretor nunca atingiram a qualidade do trabalho de Cameron nos anteriores, e quando ele finalmente decidiu emprestar seu gênio criativo ao diretor de Deadpool, Tim Miller, para Destino Sombrio, talvez fosse tarde demais.
A Skydance conseguiu os direitos da franquia depois que David Ellison, CEO da produtora, os comprou por US$ 20 milhões da irmã Megan Ellison (dona da Annapurna Pictures), que por sua vez, havia comprado os direitos de Terminator pelo mesmo valor dos donos anteriores. O primeiro filme foi uma decepção, com uma arrecadação de apena US$ 89,7 milhões nos Estados Unidos para Exterminador do Futuro: Gênesis.
O retorno de Cameron como produtor trouxe de volta Linda Hamilton e Arnold Schwarzenegger, e havia algumas boas idéias neste filme que contou com três protagonistas femininas, algo em consonância com o momento #MeToo. Batalhas criativas ocorreram entre Miller e Cameron durante a edição e, embora a Paramount tenha chamado a atenção no CinemaCon e na San Diego Comic-Con, já vimos tudo isso antes e não havia nada tão inovador quanto o vilão do metal líquido em Exterminador 2, por exemplo.
As aberturas iniciais mornas no Reino Unido e na França indicaram águas turbulentas à frente para o filme nos EUA, que ficaram bem abaixo de sua projeção de US$ 40 milhões, com uma abertura de US$ 29 milhões. Apesar de uma resposta decente do público com um B+ no site CinemaScore e uma sólida classificação do Rotten Tomatoes de 70%, o título se mostrou previsível. Destino Sombrio também foi a segunda bomba consecutiva da Paramount e Skydance após Projeto Gemini, que estreou um mês antes (leia sobre a abaixo). A Fox foi o terceiro parceiro em Destino Sombrio por fazer a distribuição no mercado exterior. A Tencent também investiu na produção, então há uma perda compartilhada aqui entre todos os parceiros.

Cats

SAIU! Taylor Swift, Jason Derulo e mais são gatos em ascensão no ...

Produtores: Universal/Working Title/Amblin
Perda total: US$113.6M

A Universal vinha em uma sequência bem-sucedida de musicais com Os Miseráveis e Mamma Mia!. Combine um investimento de quase US$ 100 milhões em custo de produção, as da equipe Working Title e da Amblin (produtora de Steven Spielberg), e o amado musical da Broadway de Andrew Lloyd Weber, com uma bilheteria de US$ 4 bilhões, com o diretor de O Discurso do Rei, Tom Hooper, e o que poderia dar errado? O resultado foi considerado o pior filme do ano, afundou nas bilheterias e ganhou seis framboesas de ouro, incluindo o de pior filme. Foi tão ruim que o próprio elenco ridicularizou o longa durante o a transmissão do Oscar. O único ponto positivo foi uma piada hilária sobre Judi Dench no monólogo de Ricky Gervais no Globo de Ouro. Rotten Tomatoes deu ao filme uma classificação de 21%.

 

 

Projeto Gemini

Will Smith faz revelação curiosa sobre seu personagem em Gemini Man

Produtores: Paramount/Skydance
Perda total: US$111.1M

Qualquer noção de que os estúdios devam paralisar a produção para convencer os executivos juniores a desenterrar projetos de desenvolvimento antigos é desfeita pelo desastre de Projeto Gemini, um roteiro de 1997 que nunca foi feito, apesar das ligações com Harrison Ford, Clint Eastwood, Sean Connery e Mel Gibson. Finalmente, o diretor de As Aventuras de Pi, o vencedor do Oscar Ang Lee, decidiu fazer o longa com Will Smith. Apesar do alto orçamento de produção de US$ 138 milhões, o conceito não combinou bem com a tecnologia de cinema moderna de 120 quadros por segundo em 4K e 3D. A estratégia de “dupla função”, com uma estrela interpretando a mesma pessoa, pode ter sido nova em 1997, mas já vimos isso muitas vezes; a tecnologia de rejuvenescimento funcionou melhor em O Irlandês. O interesse dos espectadores foi diminuindo à medida que mais imagens de Projeto Gemini foram saindo nas redes sociais, e o 21% de aprovação dos críticos no Rotten Tomatoes também não ajudou. Smith estava saindo do grande sucesso de Aladdin e estava prestes a estourar nos cinemas de novo em Bad Boys para Sempre. A abertura nos EUA foi de apenas US$ 20,6 milhões, muito baixa para o custo deste filme. Além disso, não ajudou em nada competir contra Coringa em seu segundo final de semana (que estava com incríveis US$ 55,9 milhões na época).

 

 

O Link Perdido

Link Perdido | Crítica

Produtores: UAR/Annapurna/Laika
Perda Total: US$ 101.3M

A produtora Laika é conhecida por seus projetos peculiares como o Kubo e as Cordas Mágicas, de 2016. O Link Perdido tinha como alvo um público muito mais jovem, que devora os produtos da Pixar, Illumination e DreamWorks Animation. Acontece que o público não estava interessado em O Link Perdido, um filme com orçamento de US$ 100 milhões sobre um primata tentando encontrar parentes há muito tempo perdidos no lendário vale de Shangri-La. Embora a AGC Studios tenha gastado cerca de US$ 50 milhões em distribuição no mercado externo, esse filme não era A Era do Gelo. O longa foi o primeiro lançado sem a Focus Features, parceiro tradicional da Laika. O fracasso de O Link Perdido deu continuidade à onda de má sorte da Annapurna, que distribuiu o longa por meio de uma joint venture de distribuição/marketing da MGM United Artists Releasing.

 

Fonte: Deadline