Written by 13:39 Criticas, Destaque, Filmes | Criticas

Crítica: Sonic 2 | Com carisma de sobra, sequência se sobressai sobre os próprios erros

Quando o primeiro filme do Sonic saiu em 2020, foi uma surpresa muito grande não só para os fãs, mas também para a Paramount. O projeto quando teve seu primeiro teaser revelado, mostrava uma versão… bizarra do herói. O estúdio ouviu as críticas e realizou alterações no projeto, ocasionando no sucesso do filme.

Após dois anos, já recebemos a sequência que prometia entregar uma expansão do universo do herói e também apresentar novos heróis como Knuckles e Tales. E de fato o filme consegue fazer tudo isso e muito mais, além é claro de mais Jim Carrey para a loucura certeira.

A narrativa de Sonic 2 se mantém de certa maneira simples, tendo o público alvo direcionado para crianças, a história se mantém básica, contudo ainda apresenta uma mensagem importante. Amizade, família e outros temas são abordados de maneira nítida e bem feita durante o filme, o que garante algo bom para o público de todas as idades.

Os efeitos especiais são uma grata surpresa, onde é possível ver o desempenho da equipe ao criar algo “palpável” a nossa realidade, mas ao mesmo tempo que não se preocupa em criar aquele maldito realismo do primeiro Sonic que vimos. A fotografia em geral juntamente com a direção são simples, mas servem ao intuito de destacar nossos personagens principais e também elaborar a criatividade de suas habilidades.

Introduzindo novos heróis

E de fato o destaque dessa sequência se encontram nos personagens principais, Knuckles, Tales e Sonic. O trio além de criar uma interação cheia de carisma entre eles, também nos traz uma versão fidedigna aos jogos. Idris Elba como a voz do Knuckles é um grande acerto, trazendo aquele personagem honestamente caótico para as telas. E outro acerto foi trazer a voz original do Tales Colleen O’Shaughnessey para o filme, onde instantaneamente nos apegamos ao herói. Ao lado dos seus novos amigos Sonic se desenvolve não só no seu humor, mas como líder do grupo o que torna um refresco sabendo que o personagem de fato está evoluindo.

O filme abraça os conceitos dos jogos, introduzindo referências e elementos desde a Esmeralda do Caos, até trilhas sonoras e outros elementos como mapas do próprio jogo. Olhando como uma adaptação de um jogo, Sonic 2 se sobressai perante o seu antecessor e consegue trazer mais do espírito do seu material original.

Os Humanos

Jim Carrey retorna como Dr. Eggman, agora com um visual mais similar aos jogos, mas ainda mais insano do que o primeiro filme. De fato não dá pra saber em certos momentos o que o ator está fazendo, e na maior parte do tempo parece que nem sequer existe um roteiro para ele. Contudo isso acaba sendo um ponto positivo, onde ele se torna o contraponto perfeito para os heróis, trazendo tiradas que mantém o clima do filme.

Apesar dos diversos acertos, o filme ainda possui falhas, e a principal delas é o núcleo de personagens humanos. Tal qual filmes como Godzilla e King Kong, o núcleo de personagens humanos serve muito mais como preenchimento de tempo de tela, do que para um propósito narrativo real. Cerca de 20 a 30 minutos do filme poderiam ter sido facilmente retirados ou substituído, o que cria uma curva gigantesca e que corta toda a narrativa do filme.

Por mais que Sonic 2 ainda apresente erros que seu antecessor possui, ele consegue se superar apresentando novos elementos e trazendo mais do espírito dos jogos. O potencial de franquia agora se expande, abrindo portas para mais personagens e outros mundos.

Acompanhe o nosso conteúdo no YouTube e também no Instagram. E caso queira mais novidades da cultura pop, considere entrar em nosso grupo do Telegram para não perder nenhuma novidade!