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Crítica: Glass Onion – Um Mistério Knives Out (2022) | Alucinante e divertido

Rian Johnson retorna novamente para sua franquia de mistério com Glass Onion, totalmente sem freios e alucinado

Rian Johnson retorna novamente para sua franquia de mistério com Glass Onion, totalmente sem freios e alucinado

Cartaz oficial do filme / Foto: Tangerina

O que acontece quando se mistura uma narrativa alucinada, com um mistério envolvente? Glass Onion tem a resposta para essa combinação explosiva.

Novamente escrito e dirigido por Rian Johnson (Star Wars: Os últimos Jedi), o filme segue um caminho bem diferente do primeiro longa.

A história de Glass Onion

Cena do filme / Foto: G1

Glass Onion acompanha o detetive Benoit Blanc (Daniel Craig) em sua tentativa de voltar ao mundo das investigações no meio do Lockdown.

Então, ele recebe um convite misterioso para um final de semana na ilha particular do bilionário Miles Bron (Edward Norton), junto de seus amigos excêntricos.

Sua função? Desvendar o mistério em torno do assassinato do bilionário. Porem, as coisas saem dos eixos, e verdades incômodas são reveladas.

O filme em si

Apesar da premissa ser parecida com o primeiro filme, pela escolha de personagens e mistérios, Glass Onion segue um caminho totalmente diferente.

Nesta continuação, Rian Johnson brinca muito com a quebra de expectativa de uma maneira bem construída e sólida.

Porém, da mesma forma como o primeiro contém críticas sociais bastante pertinentes, Glass Onion não deixa para trás sua acidez.

Dessa vez, seu alvo são os bilionários excêntricos, e como sua fachada de sucesso, influência e inteligência, são uma máscara para disfarçar sua estupidez e mau caráter.

Direção

Bastidores do filme / Foto: IMDB

Conforme a trama avança, com seus cortes rápidos, e flashbacks constantes, acompanhamos a história de maneira atemporal, o que dá camadas para o filme, igual uma cebola

Com isso, Glass Onion ganha um dinamismo maior do que o primeiro filme, além de mostrar uma destreza enorme ao lidar diversos elementos ao mesmo tempo.

Aliás, a fotografia do filme, é bastante diferente do primeiro. Ele usa cores mais vivas, desse modo, faz com que o cenário ganhe um tom lúdico.

Elenco

Elenco reunido em cena do filme / Foto: G1

Como Glass Onion se passa durante a pandemia, Daniel Craig captura muito bem a euforia da saída do Lockdown.

Dessa maneira ele consegue passar essa estranheza com a “volta da normalidade”, e como isso afeta uma pessoa. Para isso, basta comparar com o mesmo personagem no primeiro filme.

Ao passo que Blanc ganha mais tempo tela, vemos mais nuances de sua vida pessoal. Com isso, ele ganha bem mais nunces, e se torna mais interessante.

Além disso, temos o Edward Norton, como sempre bastante alucinado, fazendo o papel de bilionário excêntrico e que pode fazer o que quiser, porque bem… ele é bilionário.

Entretanto, ele cumpre o mesmo papel que já fez em diversos outros filmes, não entregando muito além do que já é esperado. Porém, ainda foi uma escolha acertada para o papel.

Também temos a excelente Janelle Monáe, que compartilha o protagonismo com Craig, assim como Ana de Armas no primeiro filme. 

Ela serve como o contraponto de ingenuidade no meio de tanta sujeira moral e ética do elenco de coadjuvantes, que está igualmente genial.

Vale lembrar que o filme também possui participações especiais bastante interessantes.

Glass Onion vale a pena?

Com uma construção alucinante, cheio de quebras de expectativas, e um final surpreendente, Glass Onion vale muito a pena ser assistido.

Suas críticas pontuais, cum seu humor ácido,  expõem o rídiculo de bilionários excêntricos que se dizem “salvadores da humanidade”, e o que estão dispostos a fazer para manter suas máscaras.