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Crítica | Batman: A Máscara do Fantasma (1993) – Quanto mais antigo, melhor fica!

A primeira animação da DC, apesar de ter muitas ressalvas, ainda guarda um saudosismo delicioso de se relembrar

A primeira animação da DC, apesar de ter muitas ressalvas, ainda guarda um saudosismo delicioso de se relembrar

Foto: Poster promocional

A Warner Bros Animation sempre teve um saldo muito positivo de animações, pelo menos por parte dos fãs. Tudo começou em 25 de dezembro de 1993, com Batman: A Máscara do Fantasma, que apesar de antigo, permanece uma obra excelente.

Dirigido por Bruce Timm  e Eric Radomski (Batman: A Série Animada), e escrito por Alan Burnett (Lanterna Verde: Primeiro Vôo), se passa no mesmo universo da série animada de 1992. Nele encontramos Batman investigando um caso de um vilão que está matando misteriosamente vários chefões do crime organizado de Gotham City.

É então que ressurge uma antiga paixão de Bruce, Andrea Beaumont, que mostra para o Homem-Morcego, que existe uma vida além da promessa que ele fez no túmulo de seus pais, prometendo proteger a sua cidade.

Com um roteiro até que bastante maduro para uma animação de super-heróis (pelo menos para a época em que foi lançado), a narrativa conta com flashbacks para desenvolver o romance na mente de Bruce Wayne. Nos questionando junto dele, o que poderia ter acontecido se ele tivesse optado por outro caminho que não fosse o Batman?

A direção apesar de muito competente, e sempre conseguir tirar bom proveito do material que tem em mãos, acaba caindo na armadilha do final épico, que mesmo “explosivo”, a sensação é muito fraca para você conseguir se importar com o que está acontecendo. Mas isso logo é deixado de lado, por minutos finais que são simplesmente arrebatadores.

Talvez o mal uso de um personagem icônico da galeria de vilões, cause um certo incômodo. Sua presença é tão deslocada, que quando ele aparece, fica nítido que ele está sobrando na trama, e foi colocado ali, somente para vender mais brinquedos.

Exceto por essa parte, a construção dos personagens é simplesmente perfeita, com profundidade e emoção, principalmente da personalidade do Batman. O arco do Homem-Morcego questionando o seu dever com Gotham City versus a Felicidade, é algo realmente marcante, e de uma profundidade vista em poucas produções do gênero.

Apesar da animação ter envelhecido muito mal, ela ainda conserva os traços clássicos e amistosos, principalmente para quem assistia os episódios da série animada que passava nos canais de televisão.

A narrativa que muitas vezes se vale de flashbacks durante o segundo ato, pode deixar a história um pouco truncada, e confusa, principalmente se você assistir com uma criança. Entretanto, para quem já está acostumado, pode se mostrar uma experiência bastante recompensadora, considerando o resultado final da obra.

A animação teve uma estreia desastrosa, e equivocada, nos cinemas, rendendo somente US$ 5,6 milhões, que nem pagou o custo de produção que ficou na casa dos US$ 6 milhões. Entretanto, quando foi lançado nas locadoras, ele conseguiu recuperar o valor do investimento, e ainda o carinho dos fãs.

Por fim, Batman: A Máscara do Fantasma, é uma animação que possui estrutura de filme, e deixa aquela sensação recompensadora no final, e ainda aquela sensação deliciosa de nostalgia.