Thanos é um dos grandes nomes no Mundo Nerd atualmente, principalmente por causa da estreia de: Vingadores: Guerra Infinita, aproveitando a fase (como de praxe por conta da Panini), foi relançado diversas sagas do personagem, incluindo a grandiosa: Desafio Infinito. Em 2016, a Marvel decidiu lançar algumas mensais de personagens variados, entre eles o do Titã Louco: Thanos.
Escrita pelo atual indicado ao Prêmio Eisner de melhor roteirista Jeff Lemire (Black Hammer (atual indicada ao Prêmio Eisner de Melhor Série), Arqueiro Verde, Velho Logan, Cavaleiro da Lua), desenhada por Mike Deodato Jr. (Velho Logan, Novos Vingadores: Infinito) e colorida por Frank Martin (East of West) , se resume no retorno do Thanos após o megaevento reboot: Guerras Secretas e o remake Guerra Civil II, aonde o titã louco retorna para o quadrante negro para retomar o controle de sua tropa de mercenários espaciais e descobre que está morrendo e ficando cada vez mais fraco, enquanto no outro lado do universo, seu filho: Thane, reúne um time de heróis e caçadores cósmicos para mata-lo aproveitando sua fraqueza.
Não poupando o leitor de referências a outras sagas do personagem e aproveitando toda a mitologia cósmica enriquecida em grande parte pelas aventuras do mesmo, este encadernado se destaca de outros da editora, pois mostra uma qualidade cada vez mais rara de se encontrar em outras histórias da Casa das ideias, balanceado perfeitamente momentos de ação com um roteiro inteligente e ágil, além da premissa ser trabalhada de forma consistente e crível, não aparentando que foi jogada ali apenas para preencher páginas. A história aborda bastante também a reputação de Thanos por toda a galáxia, com diálogos semelhantes a documentários na edição 03, mostra o porque Lemire
A arte por parte de Mike Deodato Jr, não deixa por menos, seus personagens com a fisionomia musculosa e anormal se encaixou perfeitamente no contexto alienígena da história, e acompanha o roteiro com uma agilidade bastante presente nos quadrinhos atuais e se valeu disto para criar uma atmosfera acelerada. As cenas de batalhas e os cenários de outros planetas são bastante coloridas, trabalho muito bem feito por Frank Martin é em alguns momentos até exagerada, e remete muito as sagas cósmicas da Marvel que usavam e abusavam de cores para criação de cenários psicodélicos, mas não é nada que atrapalhe muito na leitura da obra.
A finalização do encadernado é simples, formato bem comum em compilados de mensais menos famosas da editora com a capa cartonada, compensa a aquisição, ainda mais nesta época de preços exorbitantes por parte da Panini, a história é realmente muito boa e a arte sensacional, não vai se tornar um clássico do personagem ou da editora, mas ainda assim é um ótimo entretenimento que não subestima os fãs de quadrinhos e nem se vale do saudosismo e expectativa dos leitores para jogar uma mensal meia boca apenas para ganhar dinheiro.