Após duas tentativas da Sony de criar um universo próprio do Homem Aranha e seus vilões, o peso de críticas ruins e bilheterias razoáveis fez com que a produtora visse com bons olhos este acordo com o universo cinematográfico Marvel. Vejamos, o acordo era, ele apareceria em Guerra Civil e Guerra Infinita, enquanto, ele ganharia(segundo boatos) uma trilogia própria contando cada filme com a presença de um vingador escolhido pela Sony. Para este primeiro filme, foi escolhido o Homem de Ferro como podemos notar nos trailers e posters. Posso adiantar para vocês fans, que o Tony Stark serviu apenas como método de Marketing. Praticamente todas as cenas dele no filme aparecem nos trailers, ou seja, possui curta presença no filme, aparecendo somente em momentos determinados para alavancar o amadurecimento do Aranha.
Bom, primeiramente vamos a algumas curiosidades do filme. Começando pela já vista nos trailers, apesar de o Capitão América ser atualmente considerado um criminoso fugitivo no Universo Marvel, ele ainda possui vídeos institucionais apresentado como exemplo para adolescentes. Além dele, quem marca sua presença no filme também é o Stan Lee, um dos criadores e idealizadores do herói.
Durante o decorrer do filme, 3 uniformes do aranha são apresentados, no entanto ele só utiliza 2 deles e, pelo que foi mostrado, não irá utilizar este terceiro uniforme. Fãs de quadrinhos, fiquem atentos ao filme.
Outra curiosidade, é que um dos melhores amigos do Peter no filmes é Ned Leeds, no entanto, fãs assíduos do Amigão da Vizinhança sabem que esse é um dos alter egos do Duende Macabro. Mas e ai, será que veremos o vilão em uma possível sequência?
Podemos notar também que no colégio que Peter estuda, em momento determinados do filme, aparecem fotografias de grandes físicos, químicos, entre outros. Dentre esses, é notável citar a fotografia de Howard Stark e Bruce Banner. Mais uma pequena curiosidade, é que o diretor de Homem de Ferro 1, o Jon Fravreau aparece no filme como Happy Hogan, um funcionário do Tony Stark.
Análise:
Após as duas tentativas da Sony em criar um Homem Aranha que agradasse o público, esta tarefa ficou a cargo da Marvel Studios. A produtora apostou em uma modernização do herói ao mesmo tempo em que tentou resgatar características importante da Era de Ouro e Prata dos quadrinhos. Homem Aranha possui um uniforme baseado nas HQs antigas, com asas e costuma fazer algumas piadas durante a ação. Peter é desajeitado, sem muitos amigos e inteligente, porém, irresponsável. Além da já citada presença de Robert Downey Júnior no filme, a própria Marisa Tomei(Tia May) e Zendaya(Michelle) possuem participações muito curtas, sem possuir grandes motivos para aparecer no criticado cartaz do filme. Usando como base, seria como se o Agente Coulson dividisse cartaz com os Vingadores.
Crítica:
Os primeiros minutos do filme são muito bons, mostrando uma gravação em que apresenta ao telespectador o que seria basicamente a visão de um adolescente no meio de heróis. É uma boa perspectiva a se analisar. Um pouco antes, somos apresentados também a Damage Control (Controle de Danos), uma equipe que vem dos quadrinhos da Marvel que serve, como o próprio nome já diz, recuperar construções após serem destruídas por hiper vilões.
Falando neles, a Marvel costuma decepcionar no quesito Super Vilão. Afinal, além do Loki, qual outro foi tão memorável? No caso de De Volta ao Lar, o vilão está longe de ser um dos piores, até acerta em grande parte, chegando ameaçador também até a parte pessoal do Homem Aranha, mas ainda assim não é aquele vilão que esperamos.
Sobre o filme, em alguns momentos, felizmente ou infelizmente, parece um filme sobre um adolescente com problemas para se socializar no colégio. Para quem prefere mais Homem Aranha e menos Peter Parker, isso pode frusta-los um pouco. Após isso o filme segue uma boa linha de desenvolvimento, com aparições e menções breves e curtas em relação ao Homem de Ferro.
O filme gira em torno do anseio de Peter para a sua próxima missão para que possa provar o seu valor e finalmente se tornar um vingador. Durante o desenvolvimento, acerta em apresentar as dificuldades do Homem Aranha em determinadas situações, mas erra ao apresentar determinada dependência do Peter a tecnologia de seu traje. É inevitável comparar o resultado do filme com os já produzidos pela Sony, De Volta ao Lar não chega a decepcionar. Mas ao mesmo também deixa um gosto de que poderia ser um pouco melhor. Vale bem a pena pegar um final de semana e assistir ao filme, lembrando que é basicamente um filme de Aventura com comédia, portanto não esperem o filme com a mesma carga dramática que teve o Espetacular Homem Aranha 2, bem longe disso. Mas isso não significa que seja um filme “bobo” em suma, talvez possua algumas piadas não tão bem encaixadas mas nada que atrapalhe a diversão ao acompanhar a nova aventura de Peter.
Nota como crítico: 7,5
Nota como telespectador: 8,5