A situação de Ben Affleck como Batman nos cinemas está cada vez mais preocupante. Como se não bastassem todos os rumores que ele sairia da produção do filme solo do herói, agora – após uma terceira internação devido ao alcoolismo – fica ainda mais difícil achar que o veremos nas telonas como o Homem-Morcego.
Vamos falar a verdade, ele fez um bom Batman, fez um Bruce Wayne muito semelhante ao dos quadrinhos e convenceu. Mas afinal, a culpa da DC estar nessa situação preocupante é dele?

A jornada cinematográfica da Detective Comics tem sido no mínimo duvidosa. Abriu seu universo interligado com Batman VS Superman, depois veio Esquadrão Suicida e Liga da Justiça. Os três, além de mal recebidos, não lucraram o esperado pelos estúdios e a partir daí as coisas começaram a ficar estranhas.
Agora, com o ator internado, o valor de seu seguro vai subir ainda mais e contratá-lo novamente será ainda mais caro. Para um estúdio cheio de incertezas, acredito que ele não irá mais fazer parte desse universo. Mas o que significa uma DC sem Ben como Batman? Ao mesmo tempo que isso é ruim, pode surgir algo positivo nisso tudo.
Sejamos honestos, o que a empresa realmente precisa é criar identidade nos cinemas e parar de copiar a Marvel, pois a mesma já tem tudo planejado e está anos luz na frente, tanto em qualidade de produção como em lucros. Talvez sem Ben Affleck, o estúdio possa acertar de forma semelhante ao que a Fox fez com Deadpool e Logan: investir em uma história mais “fora da caixinha” e com gastos menores; dar liberdade para o diretor e roteirista trabalharem. Sem essa pressão de fazer tudo conectado com os outros filmes e focar no arco de cada personagem.
Por que não adaptar o quadrinho Asilo Arkham? Seria uma boa aposta para vermos algo diferente nos cinemas. Ou quem sabe até trazer Morte em Família (afinal matar um Robin surpreenderia o público). Sem falar que temos a obra prima Piada Mortal – com um filme novo do Coringa vindo aí, quem sabe.
No final das contas, é triste ver que um estúdio não está sabendo trabalhar as personagens que tanto amamos. A sensação é que talvez seja melhor ficar só nos quadrinhos mesmo… Ninguém tinha muitas esperanças com a DC nas telonas, mas se você virasse pra mim e falasse em 2013 – quando Ben Affleck foi anunciado como o novo Batman – que as coisas ficariam tão ruins para a Warner, eu não acreditaria.