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Crítica: Vikings: Valhalla | Série mantém o espírito da original expandindo os conflitos vikings

O primeiro projeto derivado da série Vikings está disponível na Netflix, trazendo consigo uma história que se passa 200 anos após os eventos originais da primeira série. Aqui vemos os vikings se estabelecendo como um reino e também buscando expandir se território pela Europa, mas ao mesmo tempo tendo que lidar com a divisão de sua própria tribo entre Católicos e aqueles que ainda acreditam em Odin.

Um dos primeiros pontos a ressaltar é o fato da série se afastar da original para não haver a necessidade de reapresentar elementos do universo. Contudo mesmo com essa distância, ainda temos conexões claras com a série original e também a própria narrativa se assemelha ao que já vimos antes.

Muito da fotografia e direção da série está similar ao material original, onde somos apresentados a uma era viking que mistura o místico com a realidade. Os núcleos políticos aumentaram, onde se explora mais as estratégias e intrigas de cada personagem, contudo a fórmula que fez Vikings ser um sucesso ainda está lá.

O que se aprimora na narrativa da série é o fator que divide os grupos vikings entre aqueles que se converteram ao cristianismo e outros que ainda mantém a religião nórdica em seu cerne. Durante a série esse tema é muito bem aprofundado, onde temos enfim um novo elemento sendo apresentado e que traz um fôlego aos episódios e tramas.

Assim como as novas narrativas, é visível que o investimento na série foi muito maior comparado a sua antecessora, onde temos grandes cenários e cenas de batalha que provavelmente superam muitas outras que havíamos visto em Vikings.

E o centro da série assim como sua antecessora permanece nos personagens que se misturam entre originais e aqueles que são adaptados das reais histórias. Talvez você acabe encontrando certas semelhanças como por exemplo como Freydís (Frida Gustavsson) que se assemelha muito com a Lagertha, mas de certa maneira acaba sendo proposital para trazer um certo conforto aos fãs da série.

Já outros personagens como a Rainha Emma (Laura Berlin) e o Rei Canuto (Bradley Freegard) formam o núcleo político da série, focando em tramas internas que buscam criar certa semelhança com Game of Thrones, mas acaba se tornando algo destoante durante a série.  Só que ao voltar para o conflito entre fanáticos e vikings, temos um aprofundamento na cultura viking assim como um devido destaque a outros personagens como Erikson (Sam Corlett) e Harald (Leo Suter) que acabam se tornando os pilares principais da trama.  junto com Freydís.

Vikings: Valhalla apresenta novos conceitos embasado em algo que já conhecemos, contudo fica claro que esse é apenas o início dessa nova jornada e o futuro promete ser sangrento e com novas ameaças.

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