Talvez hoje seja um dos dias mais tristes de toda a cultura pop em geral, imaginar que o criador de um universo inteiro de personagens (dos mais variados), que entretetem e surpreende a tantos hoje, das mais variadas formas, tenha partido para viver outras aventuras, infelizmente, longe de nós.
Stan Lee, de muitas formas, construiu um legado que será lembrado por muito tempo e poderíamos arriscar dizer que é uma lição de vida. Ele nos ensinou que por mais que as probabilidades estejam contra você, nunca se deve baixar a cabeça perante elas e sempre buscar soluções criativas para vencê-las.
O Nerd Zoom, além de ser um portal de notícias, é um grupo de autênticos fãs, e assim como muitos ao redor do mundo, gostaria de transmitir as suas últimas homenagens para um homem que mesmo distante, esteve tão presente em nossas vidas, de formas que nem sequer ousamos imaginar.
Mas afinal: essa não é a magia dos quadrinhos?
“É claro que aprendemos muito com nossos familiares e com as pessoas ao nosso redor, mas é inegável que figuras da nossa cultura nos moldam tanto quanto ou, algumas vezes e em alguns aspectos, até mais do que os indivíduos que nos cercam. Eu, como um leitor de X-men, Homem-Aranha desde muito cedo, não tenho como negar as influências. Com Stan Lee, aprendi a viver com as diferenças. Aprendi que o diferente é normal e que cada um é diferente à sua maneira. Que o coletivo é muito mais importante que o individual e que, se alguém discorda de mim, não é porque está errado, mas porque tem outra visão de mundo. Que, se alguém me trata mal ou me faz mal e eu o(a) trato da mesma maneira, eu não estou fazendo justiça, mas, na verdade, sendo igual, fazendo o mesmo mal. Por fim, aprendi que minhas responsabilidades vêm antes do meu ego e que a reflexão que eu devo fazer, antes de qualquer coisa, não é “o que eu ganho com isso?”, mas “o que é o certo a se fazer?”. Obrigado, Stan, por me fazer o que sou hoje. Meu sonho era conhece-lo pessoalmente, mas terei que deixar isso para depois de minha passagem. Descanse em paz.”
Luiz Salles, colunista e crítico do site;
“Se há quadrinhos hoje, é porque houve Stan Lee. Ele não foi um médico, nem um político, mas impactou a vida de todos nós de formas que só a magia explica. O principal legado de Stan, como ele mesmo disse em sua última aparição no Venom, é: “Nunca desistir!”. Um simples quadrinista que escrevia histórias de terror, ficção cientifica e aventura tornou-se um colosso que estará para sempre no Hall de honra dos quadrinhos. Um velhinho, que a cada filme, a cada história simples, trazia um sorriso no rosto dos fãs de todas as idades. Em cada lugar que olharmos, terá um pouco de Stan. Agora, o panteão dos grandes mestres no céu dos quadrinistas ganha mais uma mente para se divertir, e mesmo com um aperto no coração, esperamos que o Stan sirva de inspiração para que outros artistas continuem escrevendo suas histórias para sempre. Obrigado por nunca desistir dos quadrinhos, Stan. Nós nunca desistiremos também.”
Victor Bianconi, colunista e crítico do site;
“Em um universo de super-heróis tão perfeitos, Stan Lee se atreveu a trazer as imperfeições da realidade para os seus personagens e para o mundo que criava, algo ousado na época e, com isso deixou a sua marca na cultura popular. Seus personagens e histórias encantaram milhões de pessoas por mais de 60 anos, assim como sua personalidade e criatividade única. Seu brilho vai fazer falta. Vai o homem, mas fica o seu legado, o que manterá vivo para sempre.”
Carol Reis, colunista e crítica do site;
“É com muita tristeza que temos hoje, não só eu como um grande fã e amante de todo o seu trabalho, mas a todos que de alguma forma se relacionam com os personagens da Marvel, que nos despedir de uma Lenda dos quadrinhos e também do mundo!
Stan Lee conseguiu criar um universo imenso que muitos da sua época nem imaginavam ser possível, e a partir disso conseguiu tocar em nossos corações a cada história e aventura que ele criava. É impossível sair por aí e conversar sobre super-heróis, sem tocar no nome de Lee. Ele marcou e ainda vai marcar muitas gerações.
Seu sorriso e bom humor em cada cena do universo cinematográfico, nunca vai se perder. O quanto a paixão que ele tinha pelo o que ele fazia é transferido para o público!
Por fim, só tenho a dizer que a sua falta será muito grande, mas de que a sua essência viverá para sempre. Descanse em paz, meu bom amigo!”
Guilherme Silva, colunista do site;
“Nunca pensei que um nerd poderia ser um super-herói, muito menos que o poder de se tornar um gigante verde com super força poderia ser uma maldição, nem mesmo pensei que deuses nórdicos poderiam ser tão legais, mas Stan Lee pensou. Ele viu humanidade na fantasia, e que um de nós, simples humanos poderíamos nos identificar com seres super poderosos. Ele nos mostrou a representatividade e que qualquer um com força de vontade, pode ser um herói. Seu carisma e sorriso nos trazia a alegria de fazer parte deste mundo. Nós fomos para a Marvel e viajamos nos vários universos criado por ele.
Cresci com o Homem-Aranha e aprendi com ele que você precisa ser forte não importa a situação. E sem dúvida, uma parte de mim também cresceu com Stan Lee.”
Cheudo Augusto, colunista e editor-chefe do site;
“O que dizer, quando tanto já foi dito? Como um homem praticamente desconhecido para nós, poderia ser considerado como alguém tão próximo e nos abalar tanto quando ele nos deixa? Será que um dia iremos encontrar ele congelado no ártico, em um tempo muito além do nosso, aonde os humanos daquela época irão aprender com um homem fora do seu tempo? Será que ele foi sequestrado por vietnamitas e agora, secretamente, está construindo uma armadura para escapar? Ou então está escondido em um cajado que ao encontrar alguém de coração puro e o mesmo bater este objeto no chão, ele voltará em toda a sua glória?
Infelizmente, sabemos que a vida não é como nos quadrinhos, mídia que o Stan Lee revolucionou com o lançamento de uma revista: Fantastic Four nº1 em Novembro de 1961 que foi o grande estopim para o surgimento de uma gama tão variada e diversificada de heróis que encanta gerações até hoje (mesmo em época obscuras como os anos 90), que hoje prega a igualdade, quando a apenas dois anos da instauração da lei dos direitos civis, o mesmo deu a um negro o papel de protagonista de uma revista, mais conhecido como: Pantera Negra.
O Homem se foi, mas sempre estará conosco, nas estantes das nossas coleções, aonde ao abrir as páginas, ele voltará a nos guiar, lado a lado, por incríveis aventuras repletas de perigos e vilões que querem dominar o mundo. Porque por mais distante que ele estivesse de nós, sua essência, sempre esteve conosco e estará eternamente.
Assim como foi o enterro do Capitão Marvel, estamos de luto por uma lenda e um universo se entristece por mais uma estrela subir ao céu, mas ao mesmo tempo, estamos contentes porque seu legado jamais será esquecido.”
Kauê Medeiros, crítico e colunista do site;
“Eu costumava ficar envergonhado porque eu era apenas um escritor de quadrinhos enquanto outras pessoas construíam pontes ou iam para carreiras médicas. E depois comecei a entender: o entretenimento é uma das coisas mais importantes na vida das pessoas. Sem isso eles podem parar no fundo do poço. Eu sinto que se você é capaz de entreter as pessoas, você está fazendo algo bom”
Stan Lee
Excelsior!
Descanse em paz.