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Crítica: Tico e Teco – Defensores da Lei | Com surpresas de sobra, filme se sobressai mesmo com roteiro fraco

Ninguém pensaria em dizer que um filme do Tico e Teco em 2022 daria certo. Na maioria, seria mais um filme infantil lançado nos cinemas e logo após esquecido nas profundidades de alguns streamings. Entretanto uma surpresa surgiu esse ano, e foi exatamente com essa dupla.

Em Tico e Teco: Defensores da Lei, acompanhamos a dupla que se separou após o fim de sua série e agora precisam se aliar para salvar um velho amigo que pode estar em problemas nessa sociedade onde desenhos e realidade se misturam.

O primeiro ponto que deve ser destacado do filme é como ele consegue elaborar um universo coeso e que exalta criatividade em diversos momentos. Obviamente já vimos a ideia de um universo onde animação e realidade se misturam como Roger Rabbits (que está presente no filme), Space Jam e entre outros, mas aqui é diferente. A ideia surge a partir do ponto que todas as grandes franquias que conhecemos são na realidade filmes onde todos ali são atores, e de fato existe toda uma indústria por trás das animações.

Temos de casos como remakes em 3D de sucesso, até o Tico e Teco nutrindo um ódio profundo pelo sucesso de Alvin e os Esquilos. E as referências não param por aí, temos diversas participações especiais que quebram até mesmo a barreira de diferentes estúdios. Fora é claro a forma como adaptam conceitos da própria indústria, como animações 3D sendo usadas como uma cirurgia plástica nesse universo, o “Vale da Estranheza” e entre outros.

E apesar dos clichês, os personagens conseguem ser carismáticos, com a dublagem de John Mulaney e Andy Samberg que formam a dupla, fora outras participações como o Seth Rogen e J.K Simmons. O filme surpreende pelo conceito e referências, mas os personagens conseguem se manter no ritmo do filme, não se apagando totalmente.

O roteiro de Dan Gregor e Doug Mand como dito anteriormente se destaca pela coesão que ele desenvolve o seu universo, mas falha ao criar uma narrativa que foge da simplicidade, o que acaba sendo um dos pontos mais fracos do filme, e acaba em certos momentos não suprindo a necessidade por um bom enredo quando as referências não são o destaque. E Akiva Schaffer consegue conduzir o filme com sua direção, que acaba não sendo um destaque tão grande, mas serve ao seu propósito.

Outro mérito do filme são os seus efeitos especiais que conseguem casar os elementos 2D, 3D e realidade de uma forma que não torne tão estranho aos olhos e ao mesmo tempo faça sentido com cada personagem presente nas cenas.

 

Tico e Teco: Defensores da Lei é uma grata surpresa e adição ao catálogo do Disney+, que surpreende por criar um universo criativo apesar do fraco enredo, mas em meio a isso ainda temos outras loucuras como o querido “Sonic Feio”.

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