Quando vimos Kingsman pela primeira vez nos impressionamos com aquele universo que satiriza os filmes de espionagem, com uma mistura de eloquentes cenas de ação. Ao chegar em sua sequência é visível ver em como o universo falhou ao tentar se expandir, então o diretor Matthew Vaughn busca agora contar a origem desse universo.
Em King’s Man: A Origem acompanhamos o Duque de Oxford (Ralph Fiennes) que após a morte de sua esposa precisa cuidar do seu filho Conrad (Harris Dickinson) ao lado de Polly (Germa Arterton) e Shola (Djimon Hounsou). Com indícios de uma possível crise mundial a caminho, o Duque terá que lidar com Rasputin (Rhys Ifans) e uma grande conspiração.
O diretor Matthew Vaughn busca aqui explorar o conceito de Kingsman ao lado de fatos históricos reais, algo que se assemelha aos jogos da franquia Assassin’s Creed. Algo que começa com uma premissa interessante e que traz uma cara nova para a franquia, acaba sendo desenvolvido de forma apressada sem nos dar um folego para processar esse período ou sequer entender em como aqueles acontecimentos afetam a história dos protagonistas.
As cenas de ação que de certa forma seriam a marca registrada dessa franquia são pontuais aqui, buscando dar mais destaque para o desenvolvimento do enredo que é lento e gradual. As cenas possuem a direção caricata e única do diretor, mas acabam sendo momentos de pico do filme que ao serem finalizadas voltados para a monotonia da sua narrativa.
Em sua maioria o filme busca se sustentar pelo personagem do Ralph Fiennes, contudo por mais que o ator traga um peso ao enredo, acaba não sendo o suficiente. Já os personagens secundários não entregam o necessário para termos qualquer tipo de conexão com eles, onde o roteiro busca realizar conexões com a franquia para amenizar essa falta de profundidade, o que acaba falhando.
Kings’Man: A Origem apresenta conceitos interessantes, nos traz de volta para o universo caricato apresentado nos primeiros filmes mas com uma nova roupagem. Contudo ele acaba falhando ao conduzir um roteiro simplista o suficiente para nos desinteressarmos pelo filme como um todo, e o elenco junto com suas conexões aos demais filmes acaba não sendo o suficiente para sustentar a produção como um todo.