Written by 16:44 Criticas, Destaque, Filmes | Criticas, John Wick 3

Crítica: John Wick 4 – Baba Yaga | Um espetáculo de balas e espadas

John Wick é uma franquia que criou seu nome em cima da sua ação. Através de sequências frenéticas, combates corpo a corpo e Keanu Reeves, a franquia se consolidou. Indo além disso nós vimos como os filmes trouxeram um respiro para Hollywood, mostrando novos métodos de fazer ação. Agora no seu quarto filme podemos perceber como essa história evoluiu, e se tornou um espetáculo visual.

No quarto capítulo vemos John Wick (Keanu Reeves) retornando para tentar limpar seu nome e conseguir sua liberdade. Contudo ele terá que enfrentar o Marquês de Gramont (Bill Skarsgård) e Caine (Donnie Yen) para alcançar seu objetivo. Antigos aliados como Winston (Ian McShane) e o Rei (Laurence Fishburn) retornam juntamente com Shimazu (Hiroyuki Sanada) e entre outros.

Antes de falarmos sobre os louros do filme, devemos focar em um ponto importante, a narrativa. O que era visto nos filmes anteriores como o ponto mais negativo, só que aqui recebe uma devida atenção. Nos é dado desde o início os princípios em volta da trama, as consequências de nossas ações. Vemos isso sendo posto a prova, onde os personagens recebem uma profundidade e atenção da qual nos fazem ter interesse neles. Assim como os vilões até os “heróis”, percebemos as motivações de cada um em volta da trama, como isso os afeta e vai além do simplismo.

Uma mistura do que já funciona, escalado para o épico

John Wick, Laurence Fishburn e Ian McShane em John Wick 4.

O nosso personagem principal não muda. Ele permanece o mesmo, entretanto a condução da história faz com que algo seja diferente. O princípios básico da trama está ali, que se remete a videogames. Existem etapas das quais o protagonista precisa passar para chegar no prêmio final. De fato isso faz com que o enredo não fique truncado, dando uma suavidade e dinâmica consistentes.

E é claro, as cenas de ação. O sentimento aqui é como se fosse realmente um espetáculo, entretanto com toques únicos. Cada sequência é planejada, construída para nos dar sensações diferentes e usar ao máximo da criatividade de cada ambiente. Não é como se fosse simplesmente planos sequência ou cenas complexas. A ação tem propósito, nós vemos o que acontece e além disso, sentimos cada soco, tiro e corte. Uma experiência que foge das típicas cenas de ação, que graças ao Chad Stahelski é conduzida de forma magistral.

Um espaço precisa ficar reservado para Dan Laustsen que é responsável pela fotografia do filme. Através das cores e composições, vemos um novo mundo sendo moldado em volta de John Wick. Mesmo se passando em nossa realidade, o filme transborda de elementos que compõe esse mundo “fantástico”. Além da trilha sonora composta por Tyler Bates e Joel J. Richard que nos fazem cair de cabeça nesse mundo. Desde os momentos de tensão, até adrenalina, pois até mesmo alguns que parecem ser um musical misturado com tiroteios.

Com maestria, vemos o ápice de uma franquia. Uma mistura de referências, que juntas compõe o melhor de John Wick e também desse universo.